quarta-feira, 15 de junho de 2016

Assine a petição contra a presença de crianças nas touradas



Acabar com a presença de crianças nas touradas

É conhecida a presença regular de crianças nas touradas nos Açores, principalmente na qualidade de espectadores mas também na qualidade de participantes activos, estando presentes nas touradas de praça, nas touradas à corda e noutros tipos de eventos tauromáquicos.

Segundo a opinião generalizada de psicólogos e pedopsiquiatras, a exposição aos espectáculos tauromáquicos prejudica o desenvolvimento harmonioso das crianças, podendo mesmo causar-lhes efeitos traumáticos. Esta exposição origina igualmente uma marcada e muito preocupante habituação à violência, para além de ser capaz de gerar uma tendência à violência activa.

Em 2014, o Comité dos Direitos das Crianças da ONU mostrou-se “preocupado com o bem-estar físico e mental das crianças envolvidas em treino para touradas, bem como com o bem-estar mental e emocional das crianças enquanto espectadores que são expostos à violência das touradas" e exortou Portugal para que tomasse medidas legislativas para proteger todas as crianças expostas e envolvidas em touradas "tendo em vista uma eventual proibição" desta exposição.

No entanto, em completo desrespeito pelos alertas dos profissionais de saúde e pelas conclusões do Comité dos Direitos das Crianças da ONU, a presença de crianças nas touradas continua a ser fomentada nos Açores.

Esta situação é especialmente grave e alarmante no âmbito das festas Sanjoaninas, realizadas no município de Angra do Heroísmo, onde anualmente é organizada uma “tourada para crianças” na praça de touros da Terceira, um espectáculo sangrento ao qual são levadas crianças de idade escolar e pré-escolar. Para além do referido, também são organizadas uma “tourada à corda para crianças” e uma “espera de gado para crianças”, onde é incentivada a presença e a participação activa das crianças.

Tendo em conta as obrigações que o estado português e as autoridades públicas devem ter relativamente à protecção das crianças, particularmente sendo Portugal assinante da Convenção sobre os Direitos da Criança, e tendo em conta os riscos a que elas são submetidas, particularmente na ilha Terceira, vimos apelar à Assembleia Legislativa dos Açores e ao Governo Regional dos Açores para que a região adopte as medidas necessárias para acabar com a presença de crianças nas touradas.


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ESPAÑOL:

Acabar con la presencia de niños en la tauromaquia

Es conocida la presencia regular de niños en actividades tauromáquicas en las islas Azores (Portugal), principalmente como espectadores pero también como participantes activos, estando presentes en las corridas de toros, en los toros ensogados y en otros tipos de eventos tauromáquicos.

Según la opinión generalizada de psicólogos y psiquiatras infantiles, la exposición a los espectáculos tauromáquicos perjudica el desarrollo equilibrado de los menores, pudiendo incluso causarles efectos traumáticos. Esta exposición origina igualmente una marcada y muy preocupante habituación a la violencia, además de ser capaz de generar una tendencia hacia la violencia activa.

En 2014, el Comité de los Derechos del Niño de la ONU se mostró “preocupado con el bien estar físico y mental de los niños que participan en entrenamientos tauromáquicos, así como con el bien estar mental y emocional de los niños como espectadores expuestos a la violencia de la tauromaquia” y exhortó a Portugal para que tomase medidas legislativas para proteger a todos los menores expuestos a la tauromaquia “teniendo como objetivo una eventual prohibición” de esta exposición.

Sin embargo, con una completa falta de respeto hacia las alertas de los profesionales de la salud y hacia las conclusiones del Comité de los Derechos del Niño de la ONU, la presencia de menores en la tauromaquia continúa a ser fomentada en las Azores.

Esta situación es especialmente grave y alarmante en el ámbito de las fiestas Sanjoaninas, realizadas en el municipio de Angra do Heroísmo, donde anualmente se organiza una “corrida para niños” en la plaza de toros de la isla Terceira, un espectáculo sangriento al que son llevados niños de edad escolar y preescolar. Además, es también organizado un “toro ensogado para niños” y un “encierro para niños”, donde es incentivada la presencia y la participación activa de los menores.

Considerando las obligaciones que el estado portugués y las autoridades públicas deben tener relativamente a la protección de los menores, especialmente por ser Portugal signatario de la Convención sobre los Derechos del Niño, y considerando los riesgos a que son sometidos, particularmente en la isla Terceira, apelamos a la Asamblea Legislativa de las Azores y al Gobierno Regional de las Azores para que la región adopte las medidas necesarias para acabar con la presencia de niños en la tauromaquia.


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